O estudo das civilizações antigas é essencial para compreendermos como a humanidade chegou ao estágio atual de desenvolvimento social, político e cultural. Através dessas culturas, podemos entender as origens de muitos dos conceitos e estruturas que ainda moldam a nossa sociedade. No entanto, quando pensamos nas civilizações antigas, tendemos a focar nas mais conhecidas, como Egito, Grécia e Roma, deixando de lado inúmeras outras culturas que tiveram um impacto significativo, mas que muitas vezes são negligenciadas.
Ensinar essas civilizações menos conhecidas pode ser um desafio, principalmente devido à escassez de fontes históricas abundantes e à falta de familiaridade que os alunos têm com essas culturas. Além disso, a complexidade e o distanciamento geográfico e temporal podem tornar o tema menos acessível. No entanto, ao incluir civilizações como os Hititas, Fenícios, Etruscos, e muitas outras, os alunos têm a oportunidade de ampliar seus horizontes e descobrir a diversidade e complexidade do mundo antigo.
O objetivo deste artigo é oferecer estratégias criativas e ideias inovadoras para ensinar essas civilizações de forma envolvente, acessível e significativa. Ao explorar recursos alternativos, atividades interativas e projetos interdisciplinares, podemos despertar o interesse dos alunos e ajudá-los a valorizar essas culturas fundamentais para a história da humanidade. Vamos descobrir como tornar o ensino dessas civilizações mais dinâmico e atrativo!
A Relevância das Civilizações Menos Conhecidas
Embora muitas vezes ofuscadas pelas grandes civilizações da Antiguidade, como Egito, Grécia e Roma, as civilizações menos conhecidas, como os Hititas, os Fenícios e os Etruscos, desempenharam papéis essenciais no desenvolvimento das sociedades antigas e na formação da cultura ocidental. Estudar essas civilizações é fundamental não apenas para ampliar nosso conhecimento histórico, mas também para entender como as diversas culturas antigas contribuíram para a humanidade de maneiras únicas.
Por que é importante estudar civilizações como os Hititas, os Fenícios, os Etruscos, entre outras?
Cada uma dessas civilizações, apesar de menos documentada, teve um impacto significativo em áreas como comércio, arte, religião e ciência. Por exemplo, os Hititas eram conhecidos por sua habilidade militar e por estabelecer um dos primeiros tratados de paz na história. Os Fenícios, por sua vez, revolucionaram o comércio no Mediterrâneo e são creditados com a invenção do alfabeto fonético, que influenciou diretamente o desenvolvimento da escrita em várias culturas.
Os Etruscos contribuíram enormemente para a formação de Roma, particularmente nas áreas de arte, arquitetura e religião, além de serem conhecidos por suas práticas funerárias e pelo uso de um sistema de escrita única. Cada uma dessas civilizações teve um impacto duradouro, mesmo que, muitas vezes, sua história tenha sido eclipsada por outras culturas mais documentadas.
A contribuição dessas culturas para o desenvolvimento da humanidade
Essas civilizações ajudaram a estabelecer as bases para aspectos fundamentais da sociedade humana:
- Comércio: Os Fenícios, com sua navegação avançada, abriram rotas comerciais entre o Oriente e o Ocidente, conectando diferentes culturas e espalhando produtos, ideias e influências.
- Arte e Arquitetura: Os Etruscos influenciaram a arquitetura romana e as tradições artísticas, deixando um legado de mosaicos, esculturas e templos.
- Religião e Filosofia: Muitas das práticas religiosas e rituais dos Etruscos foram absorvidas pelos romanos, e a religião fenícia impactou o desenvolvimento de cultos como o de Baal.
- Ciência e Inovações: Os Hititas e outros povos da Ásia Menor contribuíram para o avanço das tecnologias militares e para a codificação de leis, como evidenciado no Código Hitita.
Como elas complementam o entendimento das civilizações mais estudadas
Estudar essas civilizações menos conhecidas não significa substituir o foco nas grandes potências da Antiguidade, mas sim enriquecê-lo. O conhecimento de culturas como os Hititas, Fenícios e Etruscos nos permite compreender melhor o desenvolvimento das grandes civilizações, como Roma e Grécia, que frequentemente absorveram e adaptaram aspectos dessas culturas menos documentadas.
Além disso, ao integrar o estudo dessas civilizações menos conhecidas, oferecemos aos alunos uma visão mais holística da Antiguidade, permitindo que eles vejam a interconexão entre diferentes povos e como, muitas vezes, culturas consideradas "periféricas" desempenharam papéis centrais no processo de globalização antiga.
Ao aprender sobre essas civilizações, os alunos podem descobrir que a história do mundo antigo não é feita apenas das grandes potências que dominam os livros didáticos, mas de uma rede complexa de povos que contribuíram de maneira significativa para o mundo que conhecemos hoje.
Desafios no Ensino de Civilizações Menos Conhecidas
Ensinar sobre civilizações menos conhecidas apresenta vários desafios. A escassez de fontes históricas detalhadas, a tendência de simplificar os conteúdos ou até mesmo de recorrer a estereótipos podem tornar a abordagem desses povos mais difícil e, muitas vezes, pouco envolvente para os alunos. Entretanto, com estratégias adequadas, é possível superar essas dificuldades e tornar o aprendizado sobre essas civilizações enriquecedor e significativo.
Falta de fontes históricas abundantes e detalhadas
Um dos maiores desafios ao ensinar sobre civilizações como os Hititas, os Fenícios ou os Etruscos é a limitada quantidade de fontes primárias e a escassez de registros históricos. Diferente de culturas como a egípcia ou romana, que deixaram grandes legados escritos, muitas dessas civilizações têm registros fragmentados, como inscrições esparsas, artefatos arqueológicos e textos em línguas antigas que nem sempre foram totalmente decifrados.
Essa falta de fontes abundantes pode tornar difícil apresentar uma visão clara e detalhada sobre essas culturas para os alunos. Além disso, a dificuldade em acessar informações precisas pode levar a uma representação incompleta ou imprecisa da história desses povos.
Como superar a escassez de informações com recursos alternativos
Apesar da limitação de fontes históricas, existem várias maneiras de superar esse desafio e garantir que os alunos tenham uma compreensão rica e contextualizada dessas civilizações:
-
Exploração de fontes secundárias e arqueológicas: Livros, documentários e artigos de pesquisa podem fornecer uma visão detalhada, baseada nas descobertas arqueológicas mais recentes. Muitos desses recursos podem ser usados de maneira interativa, como vídeos e entrevistas com arqueólogos.
-
Uso de recursos digitais e tecnológicos: Aplicativos de realidade aumentada, sites interativos e museus virtuais oferecem representações detalhadas de artefatos e cidades antigas, permitindo aos alunos explorar e "vivenciar" a história de uma maneira mais imersiva.
-
Integração com outras disciplinas: Projetos interdisciplinares que conectem História, Geografia, Artes e Línguas podem enriquecer o estudo dessas civilizações, trazendo uma visão mais ampla e contextualizada.
O risco de simplificação excessiva ou foco em estereótipos
Outro desafio no ensino dessas civilizações é o risco de simplificação excessiva. Devido à falta de informações completas, alguns professores podem ser tentados a fazer generalizações ou usar estereótipos, o que pode resultar em uma visão distorcida ou redutora dessas culturas.
Por exemplo, a representação dos Fenícios pode se limitar apenas ao comércio e à navegação, sem explorar sua rica vida religiosa e suas contribuições à escrita. Da mesma forma, os Etruscos podem ser tratados apenas como precursores de Roma, ignorando sua própria cultura e identidade.
Para evitar esse risco, é fundamental adotar uma abordagem mais crítica e abrangente. Ao ensinar essas civilizações, é importante destacar a complexidade de suas culturas, suas contribuições variadas e suas relações com outras civilizações contemporâneas. Além disso, fomentar a análise de fontes diferentes e proporcionar um espaço para questionamentos e discussões pode ajudar os alunos a desenvolverem uma compreensão mais completa e precisa.
Superar esses desafios no ensino de civilizações menos conhecidas exige criatividade e recursos variados. Embora a escassez de fontes históricas seja um obstáculo, há inúmeras formas de oferecer uma visão mais rica e diversificada sobre essas culturas. Ao adotar uma abordagem crítica e exploratória, é possível evitar a simplificação excessiva e proporcionar aos alunos uma compreensão mais profunda e detalhada dessas civilizações fundamentais para o nosso entendimento da história antiga.
Habilidades da BNCC para o Ensino de Civilizações Menos Conhecidas
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe habilidades que buscam integrar o ensino de diferentes aspectos da História de maneira crítica e contextualizada. Quando se trata do ensino de civilizações menos conhecidas, é possível trabalhar essas habilidades de forma a ampliar a compreensão dos alunos sobre a diversidade cultural e histórica da Antiguidade. A seguir, listamos algumas das habilidades da BNCC que podem ser aplicadas ao ensino de civilizações como os Hititas, Fenícios, Etruscos, entre outras:
Ensino Fundamental - Anos Finais (6º ao 9º ano)
Ensino Médio
Ao alinhar essas habilidades da BNCC com o ensino de civilizações menos conhecidas, os professores têm a oportunidade de enriquecer o entendimento dos alunos sobre a Antiguidade, destacando as influências e legados de diferentes povos. Esse foco na diversidade histórica ajuda a ampliar a visão dos estudantes sobre como as civilizações interagiram e como essas interações formaram o mundo como o conhecemos hoje.
Estratégias Criativas para Ensinar Civilizações Menos Conhecidas
Ensinar civilizações antigas menos conhecidas de forma envolvente e significativa exige abordagens criativas que permitam aos alunos não apenas absorver conteúdo, mas também se conectar com a história de maneira interativa e dinâmica. A seguir, apresentamos algumas estratégias eficazes para ensinar essas civilizações de forma mais cativante e acessível:
Exploração de fontes alternativas: Mapas, artefatos e recursos digitais interativos
Uma das maneiras de superar a falta de fontes abundantes e detalhadas sobre civilizações menos conhecidas é utilizar recursos alternativos, como mapas antigos, artefatos arqueológicos e recursos digitais. Mapas interativos podem ajudar os alunos a visualizar as rotas comerciais dos Fenícios ou a geografia das cidades Hititas, enquanto representações de artefatos e inscrições antigas oferecem uma janela para o modo de vida dessas civilizações.
Ferramentas digitais, como museus virtuais e exposições online, permitem que os alunos explorem artefatos reais de lugares como as antigas cidades etruscas ou os templos fenícios, criando uma experiência mais imersiva. Esses recursos ajudam a trazer o passado de uma forma visual e palpável, superando a escassez de fontes primárias e tornando o aprendizado mais dinâmico.
Aulas temáticas e projetos interdisciplinares: Integrar História com Literatura, Artes e Geografia
Integrar o estudo das civilizações antigas com outras áreas do conhecimento pode enriquecer o entendimento dos alunos sobre essas culturas. Por exemplo, ao estudar os Etruscos, os alunos podem explorar sua arte através de projetos de Artes (criando réplicas de objetos ou frescos etruscos) ou de Literatura, lendo textos mitológicos relacionados a essa cultura, como as histórias sobre deuses e heróis etruscos.
Além disso, ao ensinar sobre a geografia e a expansão comercial dos Fenícios, é possível integrar Geografia, discutindo as rotas comerciais e o impacto dessas viagens no comércio e na troca cultural. A conexão de História com outras disciplinas torna o aprendizado mais rico e multidimensional.
Modelagem de civilizações: Criar representações físicas de cidades antigas, templos ou ferramentas
A modelagem é uma estratégia prática e divertida para ensinar sobre as civilizações antigas. Os alunos podem criar representações físicas de cidades antigas, templos, ferramentas ou até mesmo mapas, utilizando materiais simples como massinha, argila ou papel. Isso pode ser feito em projetos de grupo, nos quais cada aluno se dedica a uma parte específica da civilização, como as construções fenícias ou os templos hititas.
A criação de maquetes permite que os alunos compreendam melhor a arquitetura e a organização dessas civilizações, além de dar vida ao que estudam de uma forma mais tangível. Esse tipo de atividade também fomenta o trabalho em equipe e o desenvolvimento de habilidades criativas.
Histórias e mitos dessas culturas: Contar narrativas populares de maneira dramática e envolvente
Toda civilização tem suas histórias e mitos, que não apenas explicam o mundo, mas também ajudam a entender os valores e crenças desses povos. Contar essas histórias de forma dramática e envolvente pode despertar o interesse dos alunos. Por exemplo, ao ensinar sobre os Fenícios, é possível contar a história do lendário fundador de Cartago, Dido, ou as histórias sobre a deusa Tanit. No caso dos Etruscos, as narrativas sobre seus deuses e rituais funerários podem ser exploradas de maneira que conectem os alunos com a visão de mundo dessas culturas.
Esse tipo de abordagem permite que os alunos se envolvam emocionalmente com o conteúdo, criando uma conexão mais profunda com a história e as tradições dessas civilizações. Incentivar os alunos a recriar esses mitos em forma de dramatizações ou roteiros também pode tornar o aprendizado mais dinâmico e participativo.
Uso de tecnologia: Realidade aumentada, vídeos e aplicativos educativos para explorar civilizações antigas
A tecnologia oferece ferramentas poderosas para explorar civilizações antigas de maneira mais envolvente. Realidade aumentada (AR), por exemplo, pode ser usada para "trazer à vida" os artefatos ou construções antigas diretamente na sala de aula. Aplicativos que simulam a reconstrução de templos ou cidades, como as antigas cidades fenícias ou as pirâmides hititas, permitem que os alunos explorem esses locais de forma interativa e divertida.
Além disso, vídeos e documentários educativos sobre essas civilizações, acessíveis online, podem enriquecer a experiência de aprendizado, oferecendo uma perspectiva visual mais rica sobre o que essas culturas representavam e como elas influenciaram o mundo. O uso dessas tecnologias cria um ambiente de aprendizado mais imersivo e facilita a compreensão de conceitos complexos.
Essas estratégias criativas tornam o ensino das civilizações menos conhecidas mais envolvente e acessível. Ao integrar tecnologias modernas, recursos alternativos e abordagens interativas, é possível despertar o interesse dos alunos por essas culturas fascinantes e ajudá-los a entender a importância delas no desenvolvimento do mundo antigo.
Exemplos de Civilizações Menos Conhecidas e Como Ensinar Sobre Elas
Explorar civilizações menos conhecidas da Antiguidade oferece uma rica oportunidade de expandir os horizontes dos alunos sobre o mundo antigo. Embora frequentemente ofuscadas por culturas mais estudadas, essas civilizações tiveram papéis essenciais na formação do mundo como o conhecemos. A seguir, apresentamos exemplos dessas culturas e sugestões de como abordá-las de forma envolvente e educativa.
Hititas: A Importância da Guerra e da Diplomacia na Civilização Hitita
Os Hititas foram uma civilização militarmente poderosa que dominou a Anatólia (atual Turquia) e o Levante durante o segundo milênio a.C. Embora sejam mais conhecidos por sua habilidade militar, a diplomacia dos Hititas foi igualmente fundamental. O tratado de paz que firmaram com o Egito, conhecido como o Tratado de Kadesh, é um dos mais antigos acordos de paz conhecidos na história.
Como ensinar:
- Exploração de tratados de paz: Proponha aos alunos uma simulação de negociação de um tratado de paz, com base no Tratado de Kadesh, para que eles possam entender a importância das relações diplomáticas.
- Estudo das táticas militares e da estratégia: Use mapas antigos e vídeos interativos para ilustrar as batalhas e a formação do império hitita.
Fenícios: O Impacto no Comércio e na Escrita
Os Fenícios, conhecidos principalmente por seu domínio do comércio marítimo, desempenharam um papel crucial na expansão do comércio no Mediterrâneo. Eles também são creditados com a invenção do alfabeto fonético, uma das maiores inovações de sua época, que influenciaria diretamente a escrita em várias culturas.
Como ensinar:
- Comércio marítimo e rotas comerciais: Utilize mapas para demonstrar as rotas de comércio fenícias e sua influência na expansão cultural e econômica.
- A evolução da escrita: Realize atividades práticas onde os alunos tentam escrever usando o alfabeto fenício e exploram como ele foi adaptado por outras civilizações, como os gregos e romanos.
Etruscos: Sua Contribuição para Roma e a Arte
Os Etruscos viveram na região da Itália antes da ascensão de Roma e tiveram uma enorme influência na cultura romana, especialmente na arte, religião e arquitetura. A civilização etrusca é também conhecida por seus intricados rituais funerários e sua arte, que moldaram a identidade romana.
Como ensinar:
- A arte etrusca: Organize atividades em que os alunos criem réplicas de artefatos etruscos, como cerâmicas ou joias.
- Arquitetura e urbanismo: Discuta as inovações arquitetônicas dos etruscos, como os templos e os arcos, e sua importância para a arquitetura romana.
Civilizações da Mesopotâmia Além da Babilônia: Assírios, Sumérios e Acadianos
Enquanto a Babilônia é frequentemente o foco principal no estudo da Mesopotâmia, outras civilizações mesopotâmicas, como os Assírios, Sumérios e Acadianos, tiveram um impacto igualmente significativo. Os Sumérios são conhecidos por inventar a escrita cuneiforme, enquanto os Assírios foram famosos por suas táticas militares, e os Acadianos, sob o reinado de Sargão, formaram o primeiro império semita.
Como ensinar:
- Escrita cuneiforme: Ensine os alunos a escrever usando uma versão simplificada da escrita cuneiforme, permitindo que eles compreendam como os Sumérios registravam dados e criavam leis.
- Estratégias militares e impérios: Proponha discussões sobre as táticas militares dos Assírios e como os Acadianos criaram o primeiro império permanente, fazendo comparações com outras civilizações antigas.
Civilizações Mesoamericanas Antes dos Maias e Astecas: Olmecas e Zapotecas
Antes dos Maias e Astecas, as civilizações Olmeca e Zapoteca floresceram na Mesoamérica. Os Olmecas são conhecidos por suas cabeças gigantes de pedra e por desenvolverem muitas das bases culturais para as civilizações posteriores, enquanto os Zapotecas estabeleceram uma das primeiras cidades complexas da Mesoamérica, com uma rica tradição de escrita e arte.
Como ensinar:
- Arte Olmeca: Organize uma atividade de escultura para que os alunos criem suas próprias "cabeças gigantes" ou representações de figuras olmecas.
- Escrita e calendário Zapoteca: Ensine sobre a escrita zapoteca e o calendário, incentivando os alunos a criar uma versão simplificada de um calendário baseado em observações astronômicas.
Ao incorporar essas civilizações no ensino, é possível apresentar aos alunos uma compreensão mais ampla e diversificada das antigas culturas. Além disso, ao utilizar estratégias criativas e recursos interativos, como arte, mapas, simulações e projetos, os professores podem tornar o aprendizado mais envolvente e significativo, destacando a importância dessas culturas para a formação do mundo antigo e suas contribuições duradouras.
Avaliação Criativa e Engajante
A avaliação é uma parte fundamental do processo de aprendizado, e ela pode ser muito mais do que apenas provas e testes tradicionais. Para garantir que os alunos realmente compreendam e se envolvam com o estudo das civilizações antigas menos conhecidas, é importante adotar métodos de avaliação que sejam tanto criativos quanto interativos. A seguir, exploramos algumas formas eficazes de avaliar o conhecimento dos alunos de maneira envolvente e significativa.
Projetos Interativos e Criativos
Os projetos oferecem aos alunos a oportunidade de demonstrar seu entendimento de forma mais prática e aplicada. Por exemplo, ao estudar os Fenícios, os alunos podem ser desafiados a criar um "relatório de viagem" detalhado, onde eles devem simular a jornada de um comerciante fenício, descrevendo as terras que visitam, os produtos que comercializam e as culturas com as quais interagem. Esse tipo de projeto permite que eles explorem o conteúdo de maneira mais profunda, ao mesmo tempo em que exercitam suas habilidades de pesquisa e criatividade.
Outra ideia é pedir aos alunos que criem uma maquete de uma cidade antiga, como uma cidade etrusca ou fenícia, detalhando aspectos como a arquitetura, comércio e vida cotidiana. Essa atividade integra o conhecimento sobre história, arte e até geografia, além de ser uma excelente oportunidade para trabalhar em grupo.
Debates e Discussões
Os debates são uma excelente maneira de avaliar a compreensão crítica dos alunos sobre os temas estudados. Organize um debate sobre temas históricos, como a guerra e a diplomacia no império hitita ou as táticas comerciais fenícias. Os alunos podem ser divididos em grupos e preparados para argumentar a favor ou contra certas ideias ou práticas dessas civilizações, desenvolvendo suas habilidades de argumentação, pesquisa e pensamento crítico.
Além disso, os debates podem ser realizados sobre temas atuais relacionados às civilizações antigas, como a importância do comércio e das trocas culturais, o papel da religião ou até o impacto de uma cultura na formação de outra.
Encenações de Eventos Históricos
A encenação de eventos históricos é uma maneira eficaz de tornar o aprendizado dinâmico e imersivo. Os alunos podem criar e apresentar peças teatrais baseadas em acontecimentos históricos, como a assinatura do Tratado de Kadesh entre os egípcios e os hititas ou o comércio marítimo entre os fenícios e outras civilizações. Esse tipo de atividade não só incentiva a pesquisa e o aprofundamento no tema, mas também desenvolve a criatividade e as habilidades de comunicação dos alunos.
Além disso, as encenações ajudam a fixar o conteúdo de forma mais vívida e memorável, tornando os conceitos históricos mais tangíveis e compreensíveis.
Uso de Quiz Interativos e Jogos de História
Para uma avaliação mais dinâmica e divertida, quiz interativos são uma excelente opção. Plataformas como Kahoot! ou Quizizz permitem criar jogos de perguntas e respostas sobre os temas estudados, tornando a revisão de conteúdo mais envolvente. Os alunos podem competir em equipes para responder questões sobre as civilizações hitita, fenícia, etrusca, entre outras, de uma forma divertida e desafiadora.
Esses quizzes podem ser usados como uma revisão ou como parte de uma avaliação final sobre o tema. Além disso, os alunos podem criar seus próprios quizzes para testar os colegas, o que fomenta o aprendizado colaborativo e reforça o conteúdo de maneira criativa.
Exposições e Feiras de História
Organizar uma exposição ou feira de história é uma forma excelente de dar aos alunos a oportunidade de compartilhar o que aprenderam de maneira criativa. Cada grupo pode ser responsável por uma civilização menos conhecida, preparando uma apresentação visual (como painéis informativos, modelos de artefatos, ou até roupas e objetos característicos da cultura) e explicando o papel e a contribuição dessa civilização para o desenvolvimento humano.
Essas exposições também podem incluir apresentações orais, onde os alunos explicam suas pesquisas e descobertas para os colegas, ou até para os pais e outros membros da comunidade escolar. Esse tipo de evento não só incentiva o aprendizado ativo, como também promove o desenvolvimento de habilidades de apresentação e comunicação.
Ao adotar esses métodos criativos de avaliação, os professores podem proporcionar aos alunos uma forma mais envolvente de demonstrar seu conhecimento, ao mesmo tempo em que tornam o aprendizado das civilizações antigas menos conhecidas mais dinâmico e significativo. Essas abordagens estimulam a criatividade, o trabalho em equipe, a pesquisa e o pensamento crítico, tornando o processo de ensino mais enriquecedor para todos os envolvidos.
Enfim...
A História do mundo antigo vai muito além das grandes civilizações como o Egito, a Grécia e Roma. Ao diversificar o ensino, explorando também civilizações menos conhecidas, como os Hititas, os Fenícios, os Etruscos e outras, enriquecemos a compreensão dos alunos sobre as raízes do nosso mundo e mostramos como diversas culturas contribuíram de maneiras únicas para o desenvolvimento da humanidade. Essas civilizações, embora menos faladas, desempenharam papéis cruciais na formação de nossas sociedades atuais, seja por meio de avanços comerciais, tecnológicos, artísticos ou religiosos.
Incentivar o estudo dessas culturas menos abordadas não só torna as aulas mais interessantes e dinâmicas, mas também ajuda os alunos a desenvolverem uma visão mais ampla e crítica sobre a História. Ao adotar novas abordagens pedagógicas, como o uso de tecnologias, debates, projetos interdisciplinares e atividades criativas, os professores podem tornar o aprendizado mais envolvente e significativo.
Se você é professor ou educador, aproveite a oportunidade para testar novas metodologias e explorar essas civilizações fascinantes com seus alunos. Ao se aventurar por essas culturas menos conhecidas, você estará ampliando os horizontes dos seus estudantes e promovendo um entendimento mais profundo e diversificado da História.
Agora, gostaríamos de ouvir suas experiências! Compartilhe suas ideias e sugestões nos comentários sobre como você tem ensinado civilizações antigas, especialmente as menos conhecidas. Quais estratégias têm funcionado em sua sala de aula? Como você integra essas culturas no currículo? Vamos trocar experiências e enriquecer ainda mais o ensino de História!
0 Comentários